Planejamento para comprar o imóvel é essencial. É preciso muito foco para guardar dinheiro e dar a percentual de entrada para financiar o restante. Além, é claro, ter um perfil de renda que seja compatível com o saldo a financiar, uma vez que a parcela não deverá ultrapassar, em média, os 30% dos rendimentos da família.
Por sua vez, a SELIC, taxa básica de juros, tem efeito direto no custo de financiamento das empresas de crédito. Quando a SELIC sobe, os juros praticados pelo mercado tendem a acompanhar. O mesmo acontece quando os juros baixam.
Com o poder de influenciar o preço total do imóvel, a SELIC precisa ser observada durante o período em que você estará poupando.
Imagine o seguinte cenário: você guardou o suficiente para dar os 20% de entrada no imóvel e já estudou que sua renda é compatível com as parcelas. Porém, ocorre um aumento da SELIC e agora o imóvel, em seu valor final, custará R$20.000 a mais. Isto poderá elevar o valor da entrada e gerar a necessidade de que a renda seja superior a atual para que o crédito seja aprovado. Você precisará rever seus cálculos e adequar-se às novas exigências econômicas.
O cenário atual da SELIC é favorável para a compra, sendo a menor taxa de juros já praticada desde 1986, em 6,5% (mar/19) desde quando foi alterada pelo Banco Central em fevereiro de 2018.
Além de influenciar no preço do financiamento, os juros baixos tendem a diminuir o custo da obra, com a redução dos preços dos materiais, o que pode gerar preço menor do imóvel mesmo na compra à vista e ou para a base de cálculo do financiamento. Cada unidade custará menos, logo, o preço poderá ser menor.
Outro aspecto é que a SELIC em baixa força os bancos a aumentarem a oferta de crédito, pois, com menos juros recebidos, a quantidade de crédito liberado precisa aumentar para que a instituição financeira mantenha seu patamar de rentabilidade e lucros.
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